Dieese aponta maior dificuldade nas negociações salariais
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos divulgou na semana passada o balanço das negociações salariais de 2015. O estudo aponta que 52% dos reajustes salariais ultrapassaram a variação da inflação oficial (INPC/IBGE), 30% foram em valor equivalente e 18% ficaram abaixo. Esse foi o pior resultado desde 2004, quando o ganho real foi de 54,9%.
Segundo o levantamento, os ganhos e perdas, em sua maioria, oscilaram em torno da inflação. Os ganhos até 1% foram registrados em 38% dos reajustes e, em 66% dos que ficaram abaixo da inflação, as perdas se situaram até 1%.
Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Dieese, comentou o resultado no programa de TV Repórter Sindical na Web da última quinta (7), na TV Agência Sindical. “O período de inflação alta trouxe maior dificuldade para a reposição salarial. A recessão econômica, maior dificuldade para a preservação dos empregos. Por isso, a preservação dos empregos ganhou relevância e prioridade na agenda sindical para as negociações coletivas”, afirmou.
A pesquisa aponta que, enquanto a inflação foi subindo, houve gradativa mudança no resultado das negociações. No início do segundo semestre, os reajustes com perdas salariais param de subir e, ao mesmo tempo, ganharam força reajustes com taxas iguais à inflação.
Mobilização - Para Clemente, as negociações tiveram mais dificuldades no início do ano. Mas a situação foi sendo superada pelos Sindicatos “com mobilização” e negociações que, mesmo em condições difíceis, foram “conduzidas com serenidade por parte do movimento sindical”.
8/4/2016 - sexta-feira
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